sábado, 30 de outubro de 2010

Estudar com tino


O acto de estudar não implica que tenhamos de “marrar” horas a fio. Pelo contrário, devemos ter horas para tudo: para praticar desporto, conviver com os amigos, ver televisão, conversar na Internet, enviar sms, ….
Mas o futuro também se constrói agora e por isso é preciso dedicar uma boa parte do tempo ao estudo.
Mesmo que se falhe num ou outro teste ou trabalho, é necessário construir a confiança todos os dias.
Aqui ficam quatro conselhos para o sucesso!
· Sempre que possível, é bom escolher a manhã ou o fim da tarde para o trabalho mental. Antes de dormir só pequenos trabalhos ou revisões!
· Os trabalhos de concentração devem ser desenvolvidos por pequenos períodos e, quando sentirmos cansaço, devemos fazer uma pequena pausa(15 a 20 minutos!) ou mudar para outra matéria mais “ligeira”.
· Devemos fazer um horário para estudar e tentar cumpri-lo.
· Estudar não é sinónimo de estudar muito. Convém:
                -saber “ler”
                -saber distinguir o essencial do acessório num texto
                -saber resumir
                -saber tirar apontamentos
                -saber interpretar.
Agora é só começar e cumprir!

Dicas para elaborar um trabalho de pesquisa

· Consulta os ficheiros para verificares se existem na biblioteca obras diversas sobre o tema.
· Selecciona a informação necessária, nunca esquecendo de anotar  de onde foi retirada(obra, página, autores , editor e edição)
· Não esqueças que, na forma ,o trabalho deve obedecer a regras de organização:
            - a Introdução (onde se apresenta o tema e os objectivos do trabalho, os pressupostos que conduziram ao mesmo e a metodologia de trabalho que se vai  seguir;
            - o Desenvolvimento ( onde se encontra o quadro teórico que serve de base ao tratamento do tema. Pode conter várias sub -partes conforme os aspectos que se pretende abordar);
            - a Conclusão (onde se sintetiza a pesquisa efectuada, onde se propõem respostas e soluções para a questão (ou problemas) formulada na introdução.
· O trabalho deve incluir os elementos paratextuais:
            - a capa (com o título do trabalho, o nome do autor, a indicação da instituição onde é apresentado – escola ou outro—e ainda o local e data de execução);
            - o índice geral( como todos os títulos e subtítulos e respectiva paginação);
            - a bibliografia(apresentada no final do trabalho, a que se pode juntar a explicação de notas de rodapé ou a listagem de imagens utilizadas).



Pensamentos...




sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Biblioteca da ESEQ

No início do século XX, nas instalações provisórias na antiga fábrica do Gás.....


 Em 2010, em edifício próprio desde 1952...


Biblioteca Patrimonial


Biblioteca Patrimonial


Biblioteca Patrimonial



Sala de Estudo

Sala de Estudo

terça-feira, 5 de outubro de 2010

“Curiosidades” da República

Os banhos de mar



A Póvoa de Varzim é uma terra onde o mar se enrola na areia. Por isso, era muito procurada no início do século XX para os banhos de mar que eram recomendados pelos médicos para fortalecer o organismo, não  podendo ser considerados um prazer.
Os fatos de banho, de pano, tapavam o corpo quase por completo e as mulheres usavam também toucas de folhos para proteger o cabelo.
 Os banheiros encarregues de acompanhar os banhistas obrigavam-nos a mergulhar ou despejavam baldes de água sobre a cabeça dos mais renitentes.
Quase ninguém sabia nadar e o que os banhistas mais desejavam era sair rapidamente da água e mudar de roupa nas barraquinhas de madeira que existiam nas praias para esse efeito. Era costume tomar então uma bebida forte e até às crianças se dava pelo menos uma colher de vinho, de preferência vinho do Porto, se a família tivesse possibilidades.


                                        A moda dos chapéus

Na época da Primeira República estava na moda o uso de chapéus para homens, mulheres e crianças e havia modelos diferentes para as várias ocasiões. Nas festas ou cerimónias os homens usavam cartola. Os homens do povo, mesmo os mais pobres, que podiam eventualmente andar descalços, não dispensavam o seu boné. Tirar o chapéu era uma maneira delicada de cumprimentar as pessoas que passavam.
 Quanto às senhoras e meninas também os usavam. Havia modistas de chapéus que confeccionavam chapelões enormes ou chapelinhos enfeitados com plumas, flores, fitas e laços a condizer com as roupas que vestiam. Para os rapazes, enquanto pequenos, era comum escolherem-se bonés de marinheiro. Na adolescência outro tipo de bonés, por exemplo o de modelo escocês.
A profissão de chapeleiro era bastante reconhecida.


O desporto Futebol



O futebol surgiu em Inglaterra, oficialmente no ano de 1863. Chegou a Portugal dezoito anos antes da Implantação da República. Quem trouxe a novidade foram uns rapazes da família Pinto Basto que tinham  estudado em Inglaterra. Gostaram daquele desporto e no regresso apresentaram-se com as bolas, os equipamentos e as regras do jogo que logo entusiasmou muita gente.
Ainda não havia campos fixos nem relvados, por isso escolhiam-se terrenos planos e lisos, montavam-se as balizas e realizavam-se então partidas de “Foot-Ball”. De início, o vocabulário relacionado com o jogo continuou na língua de origem, o inglês. Dizia-se “goal” em vez de golo, “goal keeper” em vez de guarda-redes, “line-man” em vez de juiz de linha.
O interesse pelo futebol alastrou rapidamente, envolvendo todos os grupos sociais. Em 1910, além dos grupos espontâneos, já existiam o Futebol Clube do Porto, o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal. O primeiro Campeonato Nacional teve lugar em 1921. Venceu o Sporting.

Xaropes, unguentos e elixires

Tinha a República Portuguesa cinco anos quando a Bayer fabricou os primeiros comprimidos de aspirina.
Até aí, eram os medicamentos naturais como a casca de salgueiro que aliviava as dores, ou conseguia-se um pó muito eficaz contra as dores e as inflamações a partir de plantas como a ulmária, a rainha-dos-prados. É da ulmária, que tem o nome latino spiraea ulmaria que deriva da palavra aspirina. Revelou-se um medicamento de tal forma extraordinário, que o público lhe chamava “pó mágico”. Mais uma novidade que chegou do estrangeiro durante a Primeira República.
No início do século XX grande parte da população portuguesa não tinha acesso a cuidados médicos por viver longe das cidades onde havia hospitais. As doenças tratavam-se em casa com xaropes, chás e pomadas caseiras. Mesmo os que podiam recorrer aos hospitais não encontravam solução para muitos dos seus males, pois a medicina da época estava ainda muito atrasada.
Havia também os vendedores de rua como os que vendiam unguentos ou pomadas para a pele que também eram “confeccionadas” nas “Pharmacias”.

As pipocas

Só em 1907, três anos antes da Implantação da República, foi inventada nos Estados Unidos a máquina eléctrica que continua a ser utilizada para fazer pipocas.
Na altura, foi publicitada como electrodoméstico de grande qualidade. Os anúncios diziam o seguinte: “Da enorme variedade de utensílios eléctricos caseiros, a nova tostadeira de milho é a mais leve e pode ser usada por crianças sem que haja perigo de causarem danos a si próprias, à mesa ou à sala”.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A prática de ginástica no Liceu da Póvoa de Varzim na implantação da República

Data do século XIX, mais propriamente de 1887, a introdução da disciplina de Educação Física nos liceus. Face a uma ausência de referências teóricas em Portugal esta seguirá, sensivelmente, as directrizes que lhe eram sugeridas pela ginástica militar e pelo sistema sueco que se baseia num trabalho bastante rígido, com um desenvolvimento harmónico de todo o corpo, exercícios simétricos moderados e de fácil compreensão, realizados com uma dificuldade progressiva e, de preferência, sem aparelhos, em pé e obedecendo a uma voz, embora também existam alguns exercícios com aparelhos simples: cambalhotas, suspensões, equilíbrios. Tudo isso se apoiava no estudo de base biológica das formas e efeitos dos exercícios; trata-se de uma ginástica "para todos os públicos”. Seguindo critérios fisiológicos, a aula de ginástica dividia-se em aquecimento, parte fundamental e relaxamento.
A higiene, e a Ginástica como parte dela, integrava as propostas pedagógicas. Em escritos publicados em 1902, está destacada a importância da ginástica nas escolas: "os exercícios ao ar livre são necessários ao desenvolvimento da musculatura (sendo úteis às crianças e adolescentes), ao desenvolvimento da destreza, agilidade, velocidade e força, preciosos em todas as classes da sociedade".
O liceu é visto como o sítio que propicia a aprendizagem de saberes e de hábitos de viver sadios que compõem o ideal de “educação higiénica” da qual a escola é o caminho mais viável economicamente para ampliar a rede higiénica a todos da sociedade. Dez dias após a Revolução Republicana, ocorrida em 5 de Outubro, o Ministério da Guerra nomeou uma comissão encarregada de elaborar um projecto de regulamento de instrução militar preparatória que compreendia a educação cívica, a ginástica, os exercícios elementares de táctica, as noções militares, tiro ao alvo e equitação, obrigatória, inclusive para as crianças e jovens que não frequentassem as escolas primárias e secundárias.
Estavam livres da instrução os jovens que já estivessem alistados, os considerados inaptos por comissões competentes e os que morassem a mais de 5 quilómetros do local de instrução.