segunda-feira, 28 de abril de 2014

Concurso de Fotografia - Apanhado em Flagrante Delivro!

Apanhado em Flagrante Delivro!
 



Sobre o Concurso   


Com o objetivo de diversificar os suportes de leitura, de promover uma outra leitura do mundo e de celebrar a Semana da Leitura foi lançado pela BE da ESEQ em colaboração com o magnífico Ilustrador Mr. Esgar, o Concurso de Fotografia Digital Apanhado em Flagrante Delivro.

Assim como nas sociedades orais os homens eram livros vivos também “todo e qualquer dispositivo através do qual uma civilização grava, fixa, memoriza para si e para a posteridade o conjunto de seus conhecimentos, de suas descobertas, de seus sistemas de crenças e os vôos de sua imaginação é um livro a ser lido”. Hoje em plena sociedade da informação estamos perante uma diversidade de discursos, de linguagens que urge aprender a ler.

1.Objetivo do concurso

O concurso de fotografia digital “Apanhado em flagrante delivro” pretende promover o livro e a leitura, utilizando com este objetivo o recurso a ferramentas comummente utilizadas pela grande maioria da população escolar (telemóvel, máquina fotográfica), dando particular destaque a situações de leitura, imprevistas (ou não), e procurando premiar as fotografias mais originais.
 
 
O Júri selecionou como vencedora deste Concurso uma fotografia digital de autoria de Dinis Leal, 7º ano Turma A
 





Vasco Graça Moura - Uma das mais destacadas personalidades da Cultura portuguesa

"A Poesia é a minha forma verbal de estar no mundo"



soneto do amor e da morte

quando eu morrer murmura esta canção 
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura, Antologia dos Sessenta Anos

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Celebrar abril





As Mãos            

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967




A Biblioteca associou-se ao Grupo de História para comemorar os 40 anos do 25 de abril realizando uma exposição de poemas de Manuel Alegre.

25 de abril

Alguém me disse um dia que lutasse
Até chegar a hora de vencer!
Que mal adormecesse, despertasse
Nem que tardasse ainda o amanhecer.

Mariana Santos

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aos 25 anos perguntamos o que é ler?


Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Para comemorar este dia a Biblioteca contou com a preciosa colaboração da aluna Mariana Mangas do 11º Ano Turma H


Desenho de: Mariana Mangas



A Leitura é a maior das amizades
A amizade, a amizade que diz respeito aos indivíduos, é sem dúvida uma coisa frívola, e a leitura é uma amizade. Mas pelo menos é uma amizade sincera, e o facto de ela se dirigir a um morto, a uma pessoa ausente, confere-lhe algo de desinteressado, de quase tocante. E além disso uma amizade liberta de tudo quanto constitui a fealdade dos outros. Como não passamos todos, nós os vivos, de mortos que ainda não entraram em funções, todas essas delicadezas, todos esses cumprimentos no vestíbulo a que chamamos deferência, gratidão, dedicação e a que misturamos tantas mentiras, são estéreis e cansativas. Além disso, — desde as primeiras relações de simpatia, de admiração, de reconhecimento, as primeiras palavras que escrevemos, tecem à nossa volta os primeiros fios de uma teia de hábitos, de uma verdadeira maneira de ser, da qual já não conseguimos desembaraçar-nos nas amizades seguintes; sem contar que durante esse tempo as palavras excessivas que pronunciámos ficam como letras de câmbio que temos que pagar, ou que pagaremos mais caro ainda toda a nossa vida com os remorsos de as termos deixado protestar. Na leitura, a amizade é subitamente reduzida à sua primeira pureza. 
Com os livros, não há amabilidade. Estes amigos, se passarmos o serão com eles, é porque realmente temos vontade disso. A eles, pelo menos, muitas vezes só os deixamos a contragosto. E quando os deixamos, não temos nenhum desse pensamentos que estragam a amizade: — Que terão eles pensado de nós? — Não tivemos falta de tacto? — Teremos agradado? — nem o medo de sermos esquecidos por um deles. Todas estas agitações da amizade expiram no limiar dessa amizade pura e calma que é a leitura. Também não há deferência; só rimos com o que diz Molière na exacta medida em que lhe achamos graça; quando ele nos aborrece, não temos medo de mostrar um ar aborrecido, e quando estamos decididamente fartos de estar com ele, pômo-lo no seu lugar tão bruscamente como se ele não tivesse nem génio nem celebridade. A atmosfera desta pura amizade é o silêncio, mais do que a palavra. Porque nós falamos para os outros, mas calamo-nos para connosco mesmos. É por isso que o silêncio não traz consigo, como a palavra, a marca dos nossos defeitos, das nossas caretas. Ele é puro, é verdadeiramente uma atmosfera. Entre o pensamento do autor e o nosso não interpõe elementos irredutíveis refractários ao pensamento, os nossos egoísmos diferentes. A própria linguagem do livro é pura (se o livro for digno desta palavra), tornada transparente pelo pensamento do autor que dele retirou tudo quanto não fosse ele próprio até o transformar na sua imagem fiel; cada uma das frases, no fundo, semelhante às outras, dado que todas são ditas através da inflexão única de uma personalidade; daí uma espécie de continuidade, que as relações da vida e o que estas associam ao pensamento como elementos que lhe são estranhos excluem e que permite muito rapidamente seguir o próprio fio do pensamento do autor, os traços da sua fisionomia que se reflectem neste espelho tranquilo. Sabemos apreciar os traços de cada um deles sem termos necessidade de que sejam admiráveis, pois é um grande prazer para o espírito distinguir essas pinturas profundas e amar com uma amizade sem egoísmo, sem frases, como dentro de nós mesmos.
Marcel Proust in O Prazer da Leitura 






O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura[1] , a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais. O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995[2] .
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega[3] . Para além disto, nesta data, em outros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo[4]

  1. Ir para: a b Fernandes, Patrícia (23 de Abril de 2009). Dia Mundial do Livro celebra-se hoje em Portugal e um pouco por todo o mundo. Público PT. Página visitada em 27 de Junho de 2009.
  2. Ir para cima Proclamation of 23 April 'World Book and Copyright Day'. Resolution of the General Conference: UNESCO Culture Sector. Página visitada em 27 de Junho de 2009.
  3. Ir para cima World Book and Copyright Day - 23 April. www.un.org. Página visitada em 27 de Junho de 2009.
  4. Ir para cima Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais - 23 de abril. UNESCO Brasil. Página visitada em 27 de Junho de 2009.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Homenagem a Gabriel García Marquez

Entre amigos, Gabriel García Marquez dizia que gostaria de ser lembrado com as mesmas palavras elegantes que, em 1961, usou para escrever, com lágrimas nos olhos, a notícia da morte de seu ídolo Ernest Hemingway: “um trabalhador bom e honrado”.

Despedida a um dos maiores Escritores Contemporâneos, a um dos Jornalistas mais notáveis do seu tempo - Gabriel Garcia Márquez.
Recorde aqui dez dos seus melhores livros em PDF

Páscoa


"Hallelujah" (on King Solomon Psalms)
I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty in the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Baby I have been here before
I know this room, I've walked this floor
I used to live alone before I knew you.
I've seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It's a cold and it's a broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

There was a time when you let me know
What's really going on below
But now you never show it to me, do you?
And remember when I moved in you
The holy dove was moving too
And every breath we drew was Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Maybe there’s a God above
But all I’ve ever learned from love
Was how to shoot at someone who outdrew you
It’s not a cry you can hear at night
It’s not somebody who has seen the light
It’s a cold and it’s a broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

You say I took the name in vain
I don't even know the name
But if I did, well, really, what's it to you?
There's a blaze of light in every word
It doesn't matter which you heard
The holy or the broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though it all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah


                                          in Van Gogh Museum
                           Toulouse Lautrec Moulin Rouge Easter Egg




Semana da Leitura - Ler é Uma Festa!

Vídeo Realizado por Luís Vaz(ESEQ) no âmbito da iniciativa do PNL